Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter proibido a venda desse produto no país todo desde 2009, ele continua sendo usado em salões de beleza com outros nomes, como escova inteligente, egípcia, marroquina... Confira as recomendações do diretor-técnico da Sachê Professional, Robson Santos, da responsável técnica da Bioderm, Eveline Tomasco, e do dermatologista, tricologista e diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), Adriano Almeida.
Algumas pessoas defendem que não existe escova que alisa sem formol. É verdade?
Eveline Tomasco - Não. Existem vários tipos de processos de alisamentos diferentes e que não utilizam formol, como:
- Método físico: utiliza o calor de aparelhos para alisar, como prancha, babyliss e escova com secador, que são maneiras provisórias e saem na lavagem. Elas funcionam assim: uma das estruturas que ficam dentro dos fios são as pontes de hidrogênio. O calor molda essas estruturas no formato liso, mas, assim que o cabelo entra em contato com a umidade, essas pontes voltam ao seu natural.
- Método físico-químico: é permanente ou semipermanente e usa produtos químicos para alisar, como sais do ácido tioglicólico com tioglicolato de amônio, sódio e monoetanolamina, hidróxido de sódio, de lítio, carbonato de guanidina, hené com sulfato de cobre, cloreto de amônio, ácido ascórbico ou pirogalol - este último está em processo de proibição pela Anvisa. Em sua maioria, eles agem alterando as pontes de enxofre dos fios (estruturas responsáveis pelo formato do cabelo), deixando-as lisas.
- Método físico associado ao físico-químico: como escova com tioglicolato de amônio e prancha. Um detalhe: o formol não é considerado alisante na legislação brasileira.
Eveline Tomasco - Não. Existem vários tipos de processos de alisamentos diferentes e que não utilizam formol, como:
- Método físico: utiliza o calor de aparelhos para alisar, como prancha, babyliss e escova com secador, que são maneiras provisórias e saem na lavagem. Elas funcionam assim: uma das estruturas que ficam dentro dos fios são as pontes de hidrogênio. O calor molda essas estruturas no formato liso, mas, assim que o cabelo entra em contato com a umidade, essas pontes voltam ao seu natural.
- Método físico-químico: é permanente ou semipermanente e usa produtos químicos para alisar, como sais do ácido tioglicólico com tioglicolato de amônio, sódio e monoetanolamina, hidróxido de sódio, de lítio, carbonato de guanidina, hené com sulfato de cobre, cloreto de amônio, ácido ascórbico ou pirogalol - este último está em processo de proibição pela Anvisa. Em sua maioria, eles agem alterando as pontes de enxofre dos fios (estruturas responsáveis pelo formato do cabelo), deixando-as lisas.
- Método físico associado ao físico-químico: como escova com tioglicolato de amônio e prancha. Um detalhe: o formol não é considerado alisante na legislação brasileira.
Como o formol age?
Adriano Almeida - O formol age quebrando as pontes de enxofre, presentes em nosso cabelo, mudando a estrutura interna do fio. Enquanto o ato de usar um secador ou chapinha apenas quebra as pontes de hidrogênio, que voltam à sua posição original quando as madeixas são molhadas.
Adriano Almeida - O formol age quebrando as pontes de enxofre, presentes em nosso cabelo, mudando a estrutura interna do fio. Enquanto o ato de usar um secador ou chapinha apenas quebra as pontes de hidrogênio, que voltam à sua posição original quando as madeixas são molhadas.
Quais os perigos para a saúde ao usar produtos com formol?
Eveline - Se inalado, pode causar várias doenças crônicas nas vias aéreas superiores e no pulmão, incluindo câncer e enfisema pulmonar. Ele é bastante irritante para a pele e para o couro cabeludo, podendo causar queimaduras, escamações e edemas, dependendo da concentração e da exposição. O cabelo também fica prejudicado, ressecando e deixando a fibra endurecida, a ponto de fragilizá-la e quebrar facilmente.
Eveline - Se inalado, pode causar várias doenças crônicas nas vias aéreas superiores e no pulmão, incluindo câncer e enfisema pulmonar. Ele é bastante irritante para a pele e para o couro cabeludo, podendo causar queimaduras, escamações e edemas, dependendo da concentração e da exposição. O cabelo também fica prejudicado, ressecando e deixando a fibra endurecida, a ponto de fragilizá-la e quebrar facilmente.
Quais produtos ajudam a alisar os fios sem comprometer a saúde?
Robson - Existem várias opções. O tioglicolato de amônia, por exemplo, é indicado para reduzir o volume de cabelos crespos. A guanidina e o sódio, para cabelos muito crespos. A etalonamina, para diminuir o volume dos levemente ondulados. Já a carbocisteína, o ácido glioxílico e o ácido metanoico são usados para escovas progressivas em fios levemente ondulados. Vale lembrar que esses são ativos legalizados e não prejudicam a saúde dos profissionais e das clientes.
Robson - Existem várias opções. O tioglicolato de amônia, por exemplo, é indicado para reduzir o volume de cabelos crespos. A guanidina e o sódio, para cabelos muito crespos. A etalonamina, para diminuir o volume dos levemente ondulados. Já a carbocisteína, o ácido glioxílico e o ácido metanoico são usados para escovas progressivas em fios levemente ondulados. Vale lembrar que esses são ativos legalizados e não prejudicam a saúde dos profissionais e das clientes.
Como identificar que há formol no produto? Existe alguma característica marcante que denuncie sua presença?
Robson - Inicialmente, deve-se verificar se há na composição o ingrediente formaldeído. Além disso, ele libera um forte cheiro e deixa o produto com uma textura bem líquida. Mas, hoje em dia, a tecnologia permite que empresas consigam 'maquiar' muito bem o seu uso. Uma dica importante é ficar atenta ao escovar ou pranchar o cabelo: se há a formação de fumaça pesada, com odor excessivamente forte (isso ocorre quando o formol se transforma em gás tóxico), é porque o produto possui formol. A outra maneira é pela ardência na mucosa ocular.
Robson - Inicialmente, deve-se verificar se há na composição o ingrediente formaldeído. Além disso, ele libera um forte cheiro e deixa o produto com uma textura bem líquida. Mas, hoje em dia, a tecnologia permite que empresas consigam 'maquiar' muito bem o seu uso. Uma dica importante é ficar atenta ao escovar ou pranchar o cabelo: se há a formação de fumaça pesada, com odor excessivamente forte (isso ocorre quando o formol se transforma em gás tóxico), é porque o produto possui formol. A outra maneira é pela ardência na mucosa ocular.
Em caso de contato com produtos com formol, quais são os cuidados iniciais para evitar os danos à pele ou ao cabelo?
Eveline - Lavar abundantemente com água corrente. Na pele, aplicar um hidratante potente (com ureia ou óleo de amêndoa, por exemplo). No cabelo, aplique um xampu antirresíduos. Nos olhos, após lavar com água em abundância, o melhor é procurar a orientação de um médico.
Eveline - Lavar abundantemente com água corrente. Na pele, aplicar um hidratante potente (com ureia ou óleo de amêndoa, por exemplo). No cabelo, aplique um xampu antirresíduos. Nos olhos, após lavar com água em abundância, o melhor é procurar a orientação de um médico.
Vale destacar que os procedimentos ou métodos para o alisamento capilar não são registrados pela Anvisa. Somente os cosméticos, sejam nacionais ou importados, que têm a finalidade de alisar os cabelos possuem tal registro no órgão. Para ajudar o consumidor, no site www.anvisa.gov.br, através do menu Serviços/Consultas a Banco de Dados/Cosméticos, é possível checar se o produto está inscrito regularmente. Além da consulta, o órgão orienta, na hora da compra, a verificar sempre: o modo de aplicar; prazo de validade; as advertências e restrições ao uso; se o produto é indicado para uso profissional; seguir as orientações do fabricante e verificar se a embalagem traz o número do registro na Anvisa.
Bjs da Suh
Bjs da Suh
amei o post!
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